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Programa de Pós Graduação em Química

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Pesquisadoras do PGQUIM usam cera de carnaúba na criação de nanopartículas voltadas ao tratamento do câncer

Data da publicação: 9 de dezembro de 2021 Categoria: NOTÍCIAS

Segue abaixo notícia do portal da UFC, baseada na reportagem do Marcos Robério Santo da Agência UFC:

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal do Ceará utilizaram a cera de carnaúba para criar nanopartículas que podem ser usadas no tratamento contra o câncer.

O invento, intitulado “Nanopartículas lipídicas sólidas magnéticas a base de cera de carnaúba com potencial aplicação em hipertermia magnética e imagem por ressonância magnética”, foi reconhecido, por meio de carta patente, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) Com isso, a UFC já soma 20 invenções sob sua titularidade.

Duas grandes árvores de carnaúba, também conhecidas como carnaubeiras, em destaque em meio à vegetação (Foto: Tacarijus/Wikimedia Commons - CC BY-SA 3.0)

Na pesquisa em questão, a cera de carnaúba, que é um composto lipídico, constitui a matriz estrutural de todo o sistema desenvolvido (Foto: Tacarijus/Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0)

Assinam a patente a Profª Nágila Ricardo, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC, e a pesquisadora Carolina de Lima e Moura, que produziu sua tese de doutorado sobre o tema, defendida em 2017 no Programa de Pós-Graduação em Química da UFC, sob orientação da Profª Nágila e coorientação do Prof. Manuel Bañobre-Lopez, do International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL), de Portugal, que também colaborou para o invento.

Além deles, também são responsáveis pela invenção os professores da UFC Maria Elenir Nobre Pinho Ribeiro, Pierre Basílico Almeida Fechine, Otília Deusdênia Loiola Pessoa e Tamara Gonçalves Araújo; a servidora técnico-administrativa do Departamento de Ciências do Solo da UFC e aluna do doutorado em Química Deyse de Sousa Maia; a também aluna do doutorado em Química Aiêrta Cristina Carrá da Silva; o pesquisador do INL Manuel Bañobre-López; o professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Raimundo Rafael Almeida. e o professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE) Francisco Célio Feitosa de França.

Entre essas estruturas estão as nanopartículas lipídicas sólidas (NLS), que atuam como carreadores (nanopartículas que servem como carregadores de medicamentos ou de moléculas ativas). Na pesquisa, a cera de carnaúba, que é um composto lipídico, constitui a matriz estrutural de todo o sistema desenvolvido.

Gráfico esquemático mostrando o processo de desenvolvimento da nanopartícula (Imagem: Reprodução/Carolina Moura)

O nanocompósito desenvolvido pode atuar tanto na liberação de fármacos quanto no diagnóstico de doenças (Imagem: Reprodução/Carolina Moura)

Para conferir ainda mais potencial às NLS, são adicionados elementos magnéticos, como óxido de ferro. Dessa forma, é possível direcionar o medicamento ao local desejado, através da atração gerada por um campo magnético. O propósito é alterar a biodistribuição da medicação para melhorar sua eficácia.

De acordo com a Profª Nágila Ricardo, o maior diferencial do invento é que a cera de carnaúba funciona, ao mesmo tempo, de quatro formas diferentes. Primeiro, ela atua como uma cápsula protetora da medicação administrada aos pacientes. Segundo, tem capacidade de direcionar a medicação para o local de interesse do tratamento, através de um campo magnético. Terceiro, é capaz de gerar calor, também através de campo magnético. Por último, a cera também pode auxiliar na obtenção de diagnósticos por imagem.

A íntegra da reportagem, com os detalhes da pesquisa, estão no site da Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade.

Fontes: Profª Nágila Ricardo, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica ‒ e-mail: naricard@ufc.br; Carolina Moura, doutora em Química pela UFC ‒ e-mail: carol.lmoura@yahoo.com.br

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